sexta-feira, 20 de abril de 2018

universidade enterra 74 corpos usados em esperiencia pelos nazistas

Depois de quase 80 anos, uma universidade alemã realizou um funeral para 74 corpos de crianças que estavam armazenados no porão da instituição desde a época do nazismo.

A mídia alemã informou que os corpos foram cremados e depois colocados em repouso em uma cerimônia realizada pela instituição. Depois, o material foi enterrado em um cemitério local.
Por falta de documentos, não foi possível identificar nenhum dos corpos, mas, segundo a investigação, acredita-se que os cadáveres estariam guardados na universidade desde 1920 e 1942.De acordo com cientistas, os restos dos corpos, que estavam embalsamados e mantidos na Universidade Martinho Lutero de Halle-Wittenberg, poderiam ter sido usados ​​como parte dos experimentos durante o nazismo .
Apesar da falta de provas, a hipótese mais provável, segundo os pesquisadores, é que os corpos tenham sido levados ao instituto para fazerem parte de experimentos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial .
Os testes mostraram que as crianças não foram mortas violentamente, mas foram usadas para pesquisa - algumas tiveram seus cérebros removidos e mais da metade foram dissecados.
Há sete anos, quando a professora Heike Kielstein, que agora é diretora do Instituto de Anatomia e Biologia Celular da universidade, entrou na instituição, lhe disseram sobre a presença dos corpos. Desde então, ela decidiu iniciar uma investigação com seus alunos sobre o caso.
O que mais chamou a atenção da professora foi o fato de que os restos mortais não tinham sido usados ​​para nenhuma pesquisa ou fins científicos na universidade.
"O que me incomoda é que essas crianças estão aqui há quase 80 anos e ninguém fez nada. Talvez, se tivessem iniciado uma pesquisa há 20 anos seria possível encontrar parentes. Agora perdemos as testemunhas oculares", disse Kielstein para o site alemão Speigel Online .
Apenas no início deste ano os resultados das investigações foram publicados, na revista Annals of Anatomy.
Fonte: IG