segunda-feira, 30 de abril de 2018

mortes estranhas



10. Enterrados pelo lixo - Langley e Homer Collyer (1947)

Domínio Público
No pior caso de acumuladores da História, Langley passou 19 anos trazendo coisas da rua e nunca jogando nada fora. Seu irmão, cego, vivia confinado em meio ao lixo, que se acumulava até o teto no edifício de quatro andares em Nova York. Com medo de tentarem levar seu tesouro, Langley criou armadilhas. Terminou vítima de uma delas. Homer, dependente e preso, pereceu dias depois.

9. Macacos o morderam - Alexandre da Grécia (1920)

Domínio Público
Aqui se vê toda a gravidade da expressão “macacos me mordam!”. Um dia, num passeio pelo Palácio de Tatoi, o rei viu seu cachorro se estranhar com um macaco-de-gibraltar. Acabou levando múltiplas dentadas e morrendo de infecção. Não existem macacos nativos da Grécia. Nem o rei era fã deles: o primata regicida era o bicho de estimação do caseiro.

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8. Nadou de armadura - Frederico Barbarossa (1190)

Domínio Público
O maior de todos os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico estava em marcha acelerada para retomar Jerusalém dos islâmicos, na Terceira Cruzada. Em seu caminho, havia um rio. A batalha não podia esperar. O imperador liderou o avanço entrando na água, todo paramentado. A correnteza tirou o cavalo de sob suas pernas e Frederico fez o contrário de flutuar.

7. Uma sobremesa - Adolf Frederick (1771)

Domínio Público
Após uma suntuosa refeição com lagosta, caviar, chucrute, arenque e champanhe, o rei da Suécia decidiu arrematar com semlas, um tipo de pão doce sueco parecido com o sonho. Catorze delas, acompanhadas por creme de leite. Morreria na mesma noite de obstrução intestinal ou talvez intoxicação alimentar – ninguém ousou fazer uma grotesca autópsia.

6. Bombardeado com uma tartaruga - Ésquilo (455 a.C.)

É irônico uma morte tão cômica ter acometido um dos maiores autores de tragédias da Grécia. Apreciando a paisagem da cidade de Gela, na Sicília, o dramaturgo foi atingido letalmente por uma tartaruga vinda dos céus. As águias da ilha matam suas presas deixando-as cair sobre as pedras. Concluiu-se que a ave confundiu sua careca com uma rocha.

5. Segurou demais o xixi - Tycho Brahe (1601)

Domínio Público
O dinamarquês foi um dos maiores astrônomos de seu tempo, mestre de Johannes Kepler. Durante um banquete, recusou-se a deixar a mesa, porque considerava isso falta de cortesia. Não se sabe se sua bexiga explodiu ou foi seriamente avariada, mas ele morreu 11 dias depois. Pediu para escreverem em seu epitáfio: “Viveu como um sábio, morreu como um tolo”.

4. Era bom demais como advogado - Clement Vallandigham (1871)

Domínio Público
Ele estava defendendo um cliente acusado de assassinato numa briga de bar em Lebanon, Ohio. Sua tese é de que havia sido um acidente, o revólver da vítima tendo disparado sozinho quando tentou se levantar para entrar na confusão. Para provar, reencenou o momento com um revólver. Que estava carregado e, de fato, disparou. Morreu no dia seguinte. Mas ganhou o caso.

3. Explodiu - Trus Hellevik (1983)

Josef Pavlik
O horrendo acidente da plataforma Byford-Dolphin aconteceu no início do processo de descompressão numa câmara hiperbárica, com 9 vezes a pressão atmosférica terrestre. Um operador abriu uma válvula por acidente e a pressão saiu de uma vez. Hellevik, que estava mais próximo da válvula, simplesmente explodiu em vários pedaços e seus restos mataram o operador.

2. Mordido por um morto - Sigurd Eysteinsson (892)

Domínio Público
O conquistador viking da Escócia decidiu tripudiar do corpo de seu adversário, Máel Brigte, o rei celta de Moray. Cortou sua cabeça, prendeu-a na sela e saiu para desfilar com seu cavalo. Batendo de cima para baixo, o crânio de Brigte raspou sua perna com os dentes e a ferida se infeccionaria letalmente. O mais próximo de uma morte por zumbi a acontecer na História.

1. Acordado por uma vaca - João Maria de Souza (2013)

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Ele dormia tranquilamente com a esposa, em sua casa na zona rural de Caratinga, Minas Gerais. Então uma vaca caiu através do telhado, em cima da cama. Levado ao hospital ainda vivo, padeceu por hemorragia interna. A casa ficava de costas para um barranco e o animal havia saltado sobre o teto, que imediatamente cedeu. A vaca sobreviveria sem complicações.

Com 10 executados no PA, Brasil tem 25 mortos em chacinas no campo em 40 dias

O ano de 2017 começa a entrar para a história como um dos períodos mais sangrentos para camponeses desde a redemocratização, em 1985. Uma sequencia de três chacinas ocorridas em menos de 15 dias, na segunda quinzena de abril, deixou 15 mortos. Com  massacre da ultima quarta feira (24) em Pau D’Arco, no Pará, são 25 homicídios em apenas 40 dias, somente em massacres.
Nove homens e uma mulher ligados à Liga dos Camponeses Pobres (LCP) foram mortos pela polícia na fazenda Santa Lúcia, localizada no município dePau D’Arco, sudeste do Pará, durante ação das Polícias Civil e Militar. Entre eles, segundo a LCP, está a presidente da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município. Outras 14 pessoas foram baleadas e ficaram feridas.
No dia 1º de maio, no sul do Pará, em Santa Maria das Barreiras, quatro corpos foram encontrados carbonizados dentro de uma caminhonete. Dois dias antes, no dia 29 de abril, moradores da linha 90 Gleba de Corumbiara, em Rondônia, encontraram uma caminhonete com três corpos de agricultores incinerados.
Esses homicídios em série ocorreram dez dias após uma chacina que chocou o país: a de Colniza, noroeste do Mato Grosso. Nove camponeses foram mortos no local, no dia 19 de abril. A matança foi um dos temas do programa Profissão Repórter desta quarta-feira, na Rede Globo, que levou uma equipe à região.
As Comissões de Direitos Humanos e de Direito Agrário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA) divulgaram uma nota lamentando o massacre em Pau D’Arco. “A preocupação com os conflitos campesinos não é de hoje e, tampouco, somente do Estado do Pará”, diz a nota conjunta.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o ano de 2017 já soma 36 mortes. Duas das quatro chacinas ocorreram no Pará, antigo líder em assassinatos motivados por conflitos políticos no campo. Em 2016, o estado ficou em terceiro no relatório da CPT sobre as mortes de 2016, com seis homicídios.


Ao todo, desde que os dados começaram a ser coletados, em 1985, o Brasil somou 1.833 assassinatos no campo até o ano passado. Mais detalhes sobre o histórico de mortes políticas no campo podem ser lidos nesta reportagem:Democracia já tem quase 2 mil assassinatos políticos no campo“.